quarta-feira, 1 de junho de 2011

Preços da celulose ficam estáveis no exterior

Os preços da celulose apresentaram diferentes comportamentos no mercado europeu e na China, conforme informou a consultoria independente finlandesa Foex nesta terça-feira (31/5).


Na Europa, o preço da celulose de fibra longa subiu 0,01% na semana passada, em relação à semana anterior, aos US$ 1.010,00 por tonelada.

Já o preço da celulose de fibra curta, também com entrega na Europa, ficou praticamente estável (-0,01%), na mesma base de comparação, para US$ 876,58.

Na China, o preço da celulose de fibra curta atingiu US$ 760,18 na semana passada, o que representa uma queda de 0,19% ante o período anterior.


Fonte: Brasil Econômico

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Câmara aprova novo Código Florestal


BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados aprovou por ampla maioria na terça-feira o texto que altera o Código Florestal, depois de intensas negociações entre o relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB), o governo e parlamentares.

O texto básico foi aprovado por 410 votos a favor, 63 contrários e uma abstenção. O relatório de Rebelo mantém as exigências de Reserva Legal (porção de mata nativa que varia de 20 a 80 por cento da propriedade) e também as faixas de matas que devem ser preservadas ao longo de cursos d'água - as Áreas de Preservação Permanente (APPs) em beiras de rios.

Isenta, no entanto, pequenas propriedades, de até 4 módulos fiscais (medida que varia de 20 a 400 hectares), a recuperar a Reserva Legal.

Os deputados ainda devem votar em separado uma emenda do PMDB acertada na semana passada entre líderes da base e da oposição, com exceção do PV, do PT e do PSOL.

A emenda contraria a posição defendida pelo Planalto em relação à atualização do código. Dentre outras medidas, retira do Executivo federal a exclusividade de regularizar ocupações em APPs em beiras de rios.

Também amplia os tipos de atividades admitidos nessas regiões e permite ocupações em APPs que tenham ocorrido até julho de 2008.

"O problema da emenda não é só conceder aos Estados poder para legislar sobre meio ambiente, ela também abre brecha para consolidar todas as áreas desmatadas irregularmente, o que significa anistia para os desmatadores", afirmou o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), antes de ser iniciada a votação.

Depois da tramitação na Câmara, o texto será encaminhado ao Senado. Se for modificado pelos senadores, volta à Câmara. Se aprovado, segue para sanção presidencial.

Segundo Vaccarezza, a presidente Dilma Rousseff irá vetar qualquer artigo ou item que anistie desmatamento ou regulariza de forma genérica propriedades com áreas degradadas.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)

Fonte: Reuters

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cresce a área de florestas de SC

Estudo aponta que Estado tem 36% de cobertura e 2,3 mil espécies de plantas, algumas das quais estão em risco de extinção

A cobertura florestal do Estado está maior, porém pobre e com espécies em risco de desaparecer em breve. Estas foram as principais conclusões do Inventário Florístico-Florestal de SC, o primeiro Estado a contar com um estudo como este.

O trabalho de quatro anos envolveu professores e alunos dos cursos de Engenharia Florestal e Ciências Biológicas da Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

Foram levantados os dados – como diâmetro, altura, genética e forma – de cerca de 250 mil amostras de plantas da mata nativa. Os resultados foram divulgados na última semana, em Blumenau, no 2º Seminário sobre Inventário Florestal.

A radiografia mostra que apenas 5% da floresta é original. A maioria dos remanescentes, cerca de 95%, é constituída por florestas secundárias, com árvores de espécies pioneiras, jovens e de troncos finos. Elas têm baixo estoque de madeira e de biomassa e um número reduzido de espécies arbóreas e arbustivas diferentes.

– Nossas florestas são jovens, de pouca altura e, em boa parte, as espécies não têm mais de 30 anos. Porém, temos que comemorar que ainda temos uma floresta – explica a pesquisadora Lúcia Sevegnani, integrante da equipe científica do inventário, que concluiu que a floresta do Parque Nacional da Serra do Itajaí é a de melhor qualidade no Estado, com árvores mais densas e originais.

A boa notícia, e dado novo, é que SC tem 36% de cobertura florestal – e não 23%, como se acreditava – e 2,3 mil espécies de plantas, número preocupante para um Estado que já teve 7 mil. Um terço dessas plantas tem menos de 10 unidades.

As informações servirão para estabelecer prioridades e definir ações de recuperação e recomposição de sistemas florestais degradados.

– Para termos uma floresta de maior qualidade, é preciso parar com a exploração que ainda existe hoje. Deveria haver um trabalho de apoio aos agricultores – aponta Sevegnani.

Ela lembra que os problemas climáticos tendem a aumentar com a falta de uma floresta forte:

– Em áreas montanhosas, ficamos sujeitos a queda de encostas. O vento é diferente na floresta e nas áreas abertas. A floresta afeta a dinâmica da água do solo, e alguns lugares sofrem com o excesso ou a falta dela.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Expoforest apresenta o crescimento da silvicultura na economia

Tecnologia das máquinas expostas demostra o quanto o setor florestal está evoluído


A maior feira do setor florestal do Brasil, a Expoforest que aconteceu numa área de plantio de quase 120 hectares e foi uma demonstração do crescimento da silvicultura na economia.
As máquinas expostas no evento possuem alta tecnologia. Uma delas possui cabine com muito conforto, ar condicionado, computador de bordo e se nivela de acordo com o terreno. Possui grande desempenho no trabalho, dispondo da possibilidade e de manusear eucaliptos de 30 metros agilmente. Além disso, o equipamento pode cortar até 140 arvores em uma hora. E ainda descasca o tronco e tira as folhas.
A tecnologia das máquinas demonstra o quanto o setor florestal está evoluído. E, de certa forma, o quanto representa na economia também. O segmento responde por 4% do PIB no Brasil, emprega mais de 8,5 milhões de pessoas e movimenta, por ano, R$ 43 milhões.
A indústria de papel e celulose absorve a maior parte da produção, cerca de 70% do mercado. Minas Gerais é o Estado que mais tem floresta plantada, mas existem atualmente produtores em todo o Brasil. São mais de seis milhões de hectares no país de floresta plantada. O eucalipto, a árvore mais utilizada no mercado, leva pelo menos sete anos para produzir e é vista como uma poupança.
A feira onde foram feitas as demonstrações de máquinas e onde foram discutidos os rumos do segmento atraiu gente do mundo inteiro para o meio da floresta. Os organizadores dizem que é uma maneira mais real de divulgar o setor.
Além do segmento de papel e celulose, a produção das florestas plantadas no Brasil abastece as indústrias de móveis, de construção civil e até de energia, com a produção de carvão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Doença no eucalipto é encontrada pela primeira vez na Baixada Cuiabana

Foi encontrada pela primeira vez, na Baixada Cuiabana, uma bactéria que ataca as mudas de Eucalipto da espécie Eucalyptus urograndis em um viveiro localizado na estrada velha do Distrito da Guia.


Isabel Cristina Padula Paz/ UFRGS

Os pesquisadores da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Napoleão Silvino de Souza e Eliazel Vieira Rondon detectaram a doença Xanthomonas sp. que causa mancha angular nas folhas e pode determinar a morte da planta. A pesquisa agora é para recomendar o controle da doença e evitar a proliferação da bactéria.
No Estado o plantio de eucalipto chega a aproximadamente 50 mil hectares. Originário da Austrália, o eucalipto é utilizado para reflorestamento de áreas degradadas, produção de carvão, energia e outros. A produção é de 35 metros cúbicos por hectare ao ano, considerada baixa em relação ao Estado de Minas Gerais, que produz até 60 metros por hectare/ano. Napoleão relata que para combater a bactéria é necessário usar variedades resistentes.
Ele explica que pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) detectaram em 2010, a ocorrência de mancha foliar bacteriana em plantios comerciais de eucalipto com menos de um ano de idade, no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). Constatou-se nas folhas da parte baixa da copa algumas manchas úmidas, angulares e translúcidas, posteriormente necróticas, com deformação do limbo foliar. Segundo Napoleão, nos testes bioquímicos já realizados pelo Instituto Biológico de São Paulo permitiu confirmar que se trata de Xanthomonas axonopodis.
A bactéria já foi registrada em outros oito Estados, existindo indicações que essa doença esteja presente nas principais regiões com plantios de eucaliptos no Brasil. O pesquisador Eliazel comenta que é comum encontrar as seguintes doenças, gomose, cancro e pau preto. A planta é vulnerável aos fungos que danificam o tronco do eucalipto. Conforme Eliazel, o híbrido urograndis é o mais plantado no Brasil. “Em alguns Estados estão cultivando mudas livres de doenças, produzidas em laboratórios de alta qualidade”, destaca Rondon.
As mudas foram coletadas e encaminhadas para o laboratório da Empaer, em Várzea Grande. Segundo Silvino, será feito as análises nas mudas para verificar a incidência do ataque e em 15 dias, espera apresentar o método de controle da doença. “É importante alertar os viveiristas e produtores para minimizar os prejuízos causados pela bactéria”, ressalta Napoleão. 



Fonte: Agroline


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Concessão florestal em Rondônia já produziu mais de 7 mil m³ de madeira de forma sustentável

Produto vem de área sob concessão florestal. Volume abrange mais de 30 espécies

Mais de 7 mil metros cúbicos de madeira já foram transportados da primeira área sob concessão florestal federal no país, na Floresta Nacional do Jamari (RO). Esse volume, produzido de forma sustentável e com a manutenção da floresta em pé, equivale a cerca de 300 caminhões do produto.

"É o início de um processo para garantir madeira ao consumidor final de forma manejada e de áreas com regularidade fundiária, segurança jurídica e obediência aos critérios ambientais. As concessões vieram para ficar", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel.
Os dados estão no extrato divulgado pelo Serviço Florestal referente ao mês de março, que traz informações sobre a quantidade de madeira movimentada e pagamentos correspondentes até esse período.
Em torno de 30 espécies compõem o volume transportado pelos concessionários. A muiracatiara, bastante empregada na confecção de móveis, pisos e assoalhos, representou 28% do volume que saiu da Flona.
Além dela, as outras duas espécies com maior participação foram o tauari, com 13%, e o angelim-pedra, com cerca de 10%. Ambas são usadas nos setores moveleiro e de construção civil.
A extração de madeira já gerou pagamentos próximos a R$ 700.000,00.
VARIEDADE - Os concessionários são incentivados a explorar um número maior de espécies que o apresentado ao vencer a licitação e podem obter descontos de até 3% nos valores pagos ao governo caso alcancem indicadores definidos pelo Serviço Florestal.
A quantidade mínima de espécies que cada empreendedor se comprometeu a colher ficou entre 22 e 27. Três empresas - Amata, Sakura e Madeflona - manejam a área concedida, que tem um total de 96 mil hectares.
"As práticas de bom manejo pressupõem a manutenção de uma variedade de espécies na floresta que permita sua exploração comercial ao longo dos ciclos de corte, o que não ocorre quando há uma grande concentração no uso de poucas espécies", afirma o diretor de Concessão Florestal e Monitoramento do Serviço Florestal, José Natalino Silva.
ESTÍMULO - A bonificação, ou seja, o desconto, só ocorre se for extraído um volume mínimo da espécie ou se a quantidade de madeira transportada alcançar um valor monetário estabelecido pelo Serviço Florestal. Isso evita que a extração de uma única árvore, por exemplo, conte para a bonificação.
Silva afirma que o incentivo à diversificação das espécies visa, também, valorizar a variedade de madeiras encontradas na floresta. "O Serviço Florestal está estimulando a introdução de novas espécies no mercado", diz.
Os extratos sobre a concessão na Flona do Jamari começaram a ser divulgados em março e serão atualizados sempre que houver novos transportes e pagamentos pela madeira. Acesse aqui os documentos.


 Fonte: Serviço Florestal Brasileiro

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Wagner Rossi aponta consenso em torno do Código Florestal

Ministro da Agricultura considera que houve avanços significativos na discussão dentro do governo sobre o texto apresentado pelo relator Aldo Rebelo.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, está otimista quanto à reforma do Código Florestal. Após três meses de diálogo dentro do governo, Rossi avalia que o resultado das negociações foi muito positivo. “Posso dizer que, para a Agricultura, o texto está grandemente consensuado”, afirma.

Rossi vem trabalhando há semanas com os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais) em torno da construção de um consenso. “Houve avanços muito significativos e tudo foi feito dentro do bom senso”, comentou.

O governo optou por não apresentar projeto de reforma alternativo à proposta do relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Em vez disso, tomou posição sobre cada um dos temas e levará ao relator as sugestões para que ele incorpore ao seu parecer. Desde o início das conversações, o deputado Aldo Rebelo mostrou-se sensível a essa possibilidade.

As posições acordadas entre os diferentes ministérios envolvidos serão levadas ao Congresso pelo ministro Luiz Sérgio. Num primeiro momento, ao relator Aldo Rebelo e, logo em seguida, aos líderes partidários. Questões pontuais que não obtiverem consenso irão à votação, neste caso o governo poderá apresentar eventuais destaques ou emendas por meio de sua liderança.

“O governo tem obrigação de ter posição sobre vários temas, orientando sua base”, disse Wagner Rossi. “É uma tentativa de fazermos o melhor texto possível para a sociedade”. O ministro destacou que o país precisa de um Código Florestal que dê segurança jurídica para a agricultura brasileira, um dos esteios da economia do Brasil. “E, além disso, precisa garantir que o processo de preservação dos recursos naturais seja incrementado de modo a preservá-los para as próximas gerações”, pondera.

Segundo Wagner Rossi, todos os setores envolvidos na discussão querem que o Congresso vote a reforma do Código Florestal o mais rápido possível. “Nada de atropelos nem retardamentos desnecessários”, disse.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

terça-feira, 12 de abril de 2011

Em Rondônia: Sedam moderniza gestão florestal

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal (Sedam) convoca os empresários e profissionais do setor de base florestal a realizarem a migração do sistema SISFLORA (Sistema de Controle de Transportes de Produtos Florestais) para o sistema DOF (Documento de Origem Florestal).  Esta ação tem prazo estabelecido pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE), que é até o próximo dia 17/04/2011.
A mudança para o DOF acontece, segundo a secretária da Sedam, Nanci Maria Rodrigues da Silva, em atendimento a uma determinação do TCE. Decisão que institui o sistema DOF em substituição ao sistema SISFLORA para o monitoramento e controle da exploração e comercialização dos produtos e subprodutos florestais.
A transição para o novo sistema, menos burocrático e gratuito é o primeiro passo da Sedam para uma gestão florestal modernizada, menos burocrática e primando pelos princípios da eficiência econômica e da legalidade na administração pública. O objetivo da Secretaria é que esta migração se dê de maneira a não trazer qualquer prejuízo para os empreendedores. 
Conforme explicou Rodrigo César Silva Moreira, da Coordenadoria de Desenvolvimento Florestal e Faunístico, uma vez que os empreendimentos estejam devidamente alocados no novo sistema e trabalhando normalmente, a Sedam buscará dar celeridade ao processo de licenciamento e homologação de projetos através da contratação emergencial de profissionais e da modernização das instalações.
Uma revisão na legislação ambiental do Estado também está em andamento. Essa revisão é necessária para adequar as normas ambientais do Estado ao novo sistema e eliminar a defasagem existente entre Estado e federação no âmbito destas normas.
Fonte: Marilza Rocha/ASCOM/SEDAM

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Discussões sobre o Código Florestal esquentam em Brasília

Foi uma semana de manifestações em Brasília. Na terça-feira (5), cerca de 20 mil produtores rurais de varias partes do país tomaram conta do gramado da Esplanada dos Ministérios para pedir urgência na votação do Código Florestal. Dois dias depois, mais manifestações.
Dessa vez, o protesto foi de pequenos agricultores, ambientalistas e movimentos sociais. O relatório do deputado Aldo Rebelo, que propoe alterações na lei ambiental, ainda não foi votado no plenário da Câmara porque os deputados continuam discutindo os pontos mais polêmicos. “Mais de 90% do texto pode ser um texto de consenso, restando apenas uma ou duas questões que talvez não cheguem a um acordo final”, diz Rebelo.
Pelo Código Florestal em vigor, todas as propriedade rurais devem ter reserva legal com mata nativa . Pela proposta do relatório, as propriedades com até quatro módulos fiscais, cujo tamanho varia de estado para estado, estão dispensadas de ter a reserva legal.

Propriedades maiores poderão somar a Área de Preservação Permanente, as chamadas APPs, com a reserva legal. As APPs das margens de rio, pela lei atual, devem ter largura mínima de 30 metros. Pela proposta, poderão ser reduzidas para 15 metros. Topos de morro e várzeas, que devem ser preservados pela atual legislação, deixariam de ser considerados Área de Preservação Permanente em terras já ocupadas.

As mudanças do Código Florestal também movimentaram a agenda do governo esta semana. Os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, estiveram no Palácio do Planalto. Vieram conversar com o ministro chefe da casa civil Antonio Palocci.
A ideia é definir a posição do governo. A ministra Izabella Teixeira acha que é preciso debater o assunto com tranqüilidade. “O que nós temos conversado e apontado é que é importante que a proposta que vai ser objeto de apreciação pelo Congresso seja uma proposta sólida, e que permita avanços na agricultura, de não só olhar o passado, mas também olhar o futuro”, afirma.
No aeroporto de Brasília, antes de embarcar para uma missão oficial à China, o ministro Wagner Rossi também falou sobre o assunto. “No que vocês possam imaginar, se avançou. Agora é conter algum radicalismo de lado a lado e construir realmente um consenso que dê ao Congresso um momento importantíssimo, da revisão do Código”, afirma.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, disse que vai fazer o possível para que a reforma do Código Florestal seja votada até o final do mês.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

3ª Feira da Floresta de 04 a 06 de Maio de 2011


Horário: Das 13:00hs as 19:00hs, e dia 06 das 13:00hs as 17:00hs
Local: Centro de Exposições e Congressos ExpoGramado Av. Borges de Medeiros, 4111 - Gramado - RS

O atual estágio do setor de base florestal e, principalmente, o seu potencial de crescimento é uma oportunidade para a realização de uma feira de negócios voltada à produção florestal e cadeias produtivas decorrentes.
A Feira da Floresta se insere neste contexto sendo inovadora na sua concepção, quando busca reunir empresários da cadeia produtiva de base florestal e de produção de florestas, profissionais, institutos ou empresas ligados às áreas de pesquisa, tecnologia e formação técnica do setor.
O objetivo da Feira da Floresta é oportunizar negócios na cadeia produtiva de base florestal, promover o relacionamento, proporcionar o conhecimento e intercâmbio técnico-científico e conscientizar a comunidade em geral.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Acordo entre o Serviço Florestal e FSC irá estimular boas práticas de manejo florestal

Parceria contará com oficinas e capacitações sobre o tema. As iniciativas abrangem as concessões florestais e o manejo comunitário

O Serviço Florestal Brasileiro e o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council - FSC Brasil) assinaram nesta quinta-feira, 31 de março, um acordo de cooperação técnica com o objetivo de fortalecer a implementação das práticas de manejo em florestas nativas e de criar condições para que a sociedade tenha a garantia de produtos sustentáveis.

A parceria prevê a realização de oficinas e capacitações sobre manejo e certificação voluntária, além da elaboração de material para explicar os procedimentos necessários para se tornar um produtor de madeira ou de produtos não madeireiros com os critérios reconhecidos para entidade.

As iniciativas que se beneficiam com o acordo abrangem as concessões florestais e o manejo comunitário. "As concessões são uma oportunidade única de a certificação aumentar sua participação na Amazônia", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel. Existem hoje mais de 1 milhão de hectares em diferentes estágios do processo de concessão na região Norte.

Segundo o presidente do FSC Brasil, Estêvão Braga, a parceria ajuda a harmonizar os esforços para promover o manejo ambiental, social e economicamente correto e aproxima duas ferramentas que incentivam o manejo florestal sustentável, as concessões e a certificação florestal.

"A nossa ideia é que os concessionários, que já fazem o bom manejo florestal porque a regra pede isso, dêem um passo a mais e obtenham a certificação, que permite acessar mercados que só compram madeira certificada e também se diferenciar no mercado", afirma Braga. Apesar de o consumidor estar cada vez mais exigente com relação à sustentabilidade, o presidente afirma que falta madeira certificada no mercado. "Só 3% da produção na Amazônia é certificada."

COMUNIDADES - O acordo entre o Serviço Florestal e o FSC Brasil pretende estimular também o bom manejo florestal realizado por agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, que desempenham um importante papel para a conservação da floresta.

"As comunidades manejam uma boa parte da região amazônica. Milhares de famílias vivem da floresta e a ideia é estimular o bom manejo dentro dessas áreas. As comunidades são, em última análise, os guardiões da floresta", afirma Braga.

No Acre, a certificação voluntária em uma cooperativa trouxe benefícios para a floresta e para a qualidade de vida das famílias, que tiveram um aumento médio de quase R$ 6 mil reais por ano na renda e que, em alguns casos, ultrapassou R$ 15 mil. Os produtos que eles comercializam obtêm maior valor agregado e mostram que a floresta em pé também gera riqueza.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Produção florestal sobe 5,6% em 2009, para R$ 13,6 bilhões, segundo IBGE

Por Pedro Soares

A produção de madeira no país avançou mais entre 2008 e 2009 graças à atividade extrativista do que o cultivo em florestas plantadas, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Enquanto a produção florestal subiu 5,6% de um ano para o outro, a oriunda do extrativismo cresceu mais: 7,9%.

Em 2009 a produção florestal do País somou R$ 13,6 bilhões. Deste total, 66,3% (R$ 9 bilhões) foram provenientes da exploração de florestas plantadas e 33,7% (R$ 4,6 bilhões) do extrativismo vegetal, que cresceu num ritmo mais acelerado.

A boa notícia, porém, é que a produção de carvão vegetal caiu 19% de 2008 para 2009, quando totalizou 5 milhões de toneladas.

A produção de carvão proveniente da silvicultura, que vinha crescendo desde 2002, teve uma queda de 150%. Já o oriundo do extrativismo apresentou uma queda menor: 26,2%.

Do ponto de vista do valor da produção, os produtos não-madeireiros que se destacam em 2008 foram: açaí (R$ 160,5 milhões), amêndoas de babaçu (R$ 121,3 milhões), fibras de piaçava (R$ 110,3 milhões), erva-mate nativa (R$ 86,6 milhões), pó cerífero de carnaúba (R$ 79,4 milhões) e castanha-do-pará (R$ 52,3 milhões). Em conjunto, eles somaram 89,1% da produção extrativista vegetal não ligada à madereira.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bolsistas Seleção 2011 na Pós-Graduação em Gestão Florestal

Universidade Federal do Paraná
Programa de Educação Continuada
em Ciências Agrárias- PECCA





Resultado do Processo deSeleção/2011
de Bolsistas 
para ingresso
na Pós-graduação em Gestão Florestal

1 - Cristy-Handson Pereira dos Santos
2 - Fernanda Franzoi Sperzel
3 - Gilson Machado Rosa
4 - Kleber Rodrigo Martins Sampaio
5 - Lorena Batista de Almeida
6 - Marcos Vinicius Gaigher Outeiro
7 - Mario Antonio de Godoi Correia
8 - Orivaldo Nunes de Souza Neto
9 - Thiago Andrade Elmôr

Curitiba, 11 de março de 2011.
Prof. Dr. João Carlos Garzel L. da Silva
Coordenador da Pós-graduação em Gestão Florestal

Governo planeja duplicar área de florestas plantadas

Ainda com dificuldades para conter a extração ilegal de madeira de florestas nativas para a produção de lenha e carvão, o governo planeja transformar o País em uma "potência florestal" comercial no período de uma década, segundo estudo que circula de forma restrita na Esplanada, acompanhado de uma minuta de decreto a ser assinado pela presidente Dilma Rousseff.
O estudo coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, planeja mais do que dobrar a área de florestas plantadas no País: de 6,7 milhões de hectares para 15 milhões. Com isso, a participação dos produtos de origem florestal - de papel a painéis de madeira e resíduos para a produção de energia - no mercado internacional poderia mais do que triplicar, atuais US$ 7 bilhões, baseados sobretudo em celulose, para até US$ 25 bilhões, estima o estudo.
O Brasil tem a segunda maior área de floresta do planeta, perdendo no ranking mundial apenas para a Rússia. Mas suas florestas plantadas equivalem a menos da décima parte da área plantada na China. No território nacional, sua proporção não alcança 1%. O grupo de trabalho coordenado pela SAE enxergou nos dados uma oportunidade, estimulada pela alta produtividade de florestas plantadas aqui, superior à dos EUA, um dos líderes do comércio internacional.
O plano de transformar o Brasil em "potência florestal" conta com a liberação de mais terras ocupadas atualmente pela pecuária de baixa produtividade, além de áreas já degradadas, que não são usadas para outro tipo de cultivo. A disponibilidade de terras poderia chegar a 70 milhões de hectares nos próximos anos. A Região Centro-Oeste seria o principal foco da expansão das florestas plantadas, mais concentradas hoje no Sudeste.
Ao mesmo tempo que aponta fartura de terras, o estudo mostra obstáculos ao projeto de "potência florestal". Um dos principais seria o processo de licenciamento ambiental para o plantio de florestas. As metas do projeto são mais ambiciosas do que as previstas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas para substituir o uso de carvão mineral e vegetal de origem ilegal nas siderúrgicas, por exemplo. E poderiam contar com o estímulo da venda de créditos de carbono no mercado internacional porque as plantações capturam gases de efeito estufa lançados na atmosfera e podem produzir energia mais limpa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Gestão de Florestas é indicada a prêmio internacional

Fabiana Vasconcelos (SFB)

O Brasil foi indicado nesta segunda-feira (21/3) para concorrer ao prêmio Future Policy Award 2011, que escolherá as políticas florestais mais inspiradoras e inovadoras que contribuem para a gestão, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas.


Disputam o prêmio 19 políticas de 16 países, entre os quais Butão, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Finlândia, Gâmbia, Guatemala, Nepal, Noruega, Quênia, Índia, Indonésia, Ruanda, Turquia e Vietnã.

Só o Brasil participa com três iniciativas, entre elas, a Lei de Gestão de Florestas Públicas, aprovada em 2006, que estruturou a gestão das florestas no país e trouxe entre suas inovações o amparo legal para as concessões de floresta, além de prever a criação de um órgão cuidar do tema em âmbito federal, o Serviço Florestal Brasileiro.

"A indicação da Lei representa o reconhecimento de uma política pública inovadora que pode garantir ao país no longo prazo a oferta perene e sustentável de madeira e outros produtos florestais com origem exclusivamente legal, além de contribuir significativamente para o alcance das metas de redução do desmatamento", afirma o diretor de Ações Estratégicas do Serviço Florestal, Marcus Vinícius Alves.

Também são candidatos brasileiros ao prêmio o plano de ação nacional da biodiversidade, de 1998, no que se refere aos aspectos florestais, e o Fundo Amazônia, que capta doações para investimentos não reembolsáveis em prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e promoção da conservação e do uso sustentável das florestas na Amazônia.

Os concorrentes foram indicados por entidades como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

O Future Policy Award é promovido pela World Future Council, entidade de estudo de política internacional sediada na Alemanha que este ano escolheu premiar iniciativas de política florestal em comemoração ao Ano Internacional das Florestas.

Os vencedores serão anunciados no dia 21 de setembro em uma cerimônia na sede das Nações Unidas, em Nova York, nos EUA, organizada em parceria com o secretariado do Fórum das Nações Unidas para Florestas (UNFF), com o secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (SCBD) e com a organização Wildlife Conservation Society.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Setor de Ciências Agrárias da UFPR firma novas parcerias em Moçambique

Reunião com o embaixador do Brasil em Moçambique, professores Eduardo e Dartagnan.
Autor: Milton José Sousa
O diretor do Setor de Ciências Agrárias, professor Eduardo Teixeira da Silva e um grupo de pesquisadores do curso de Engenharia Florestal da UFPR estão em Moçambique desde o começo da semana para avaliar as atividades de pesquisas realizadas pelos departamentos do setor naquele país. 



Também foram viabilizar e implantação dos novos projetos de atuação conjunta com envolvimento de professores, técnicos e alunos da Universidade Eduardo Mondlane-UEM. Além de ampliar a parceria na área florestal que já ocorre há mais de duas décadas, os pesquisadores paranaenses querem estabelecer linhas conjuntas em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia.
 
A intenção é estabelecer pesquisas de interesse a Moçambique que serão desenvolvidas no Centro Florestal de Machipanda - CEFLOMA, localizado perto do Zimbabwe, local onde já foi instalado um viveiro com milhares de mudas, uma serraria, como também estão sendo realizadas diversas pesquisas pela UFPR na área de Engenharia Florestal, com apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil - Agência Brasileira de Cooperação.

Durante a semana foram realizadas diversas reuniões com os diretores, pesquisadores da Universidade Eduardo Mondlane e também o embaixador do Brasil em Moçambique, Antonio José Maria de Souza e Silva. Todos os projetos foram aprovados e a embaixada brasileira ajudará na concretização dos projetos com a maior brevidade possível. Destaque especial foi dado à elaboração de programas para capacitação de docentes, técnicos e profissionais de Moçambique por meio de intercâmbio entre docentes e servidores das duas universidades nas diversas áreas de ciências agrárias.

Em relação à tradição brasileira de envolver estudantes do ensino fundamental buscando a consciência ecológica, o embaixador do Brasil elogiou a qualidade e a importância dos projetos, a exemplo do Solo na Escola que já vem sendo executado na UFPR com absoluto sucesso. O Embaixador se dispôs a colaborar também na implantação desse projeto, uma vez que Moçambique é extremamente carente nesse tipo de atividade. Também comprometeu a estabelecer os devidos contatos com o ministro da Educação de Moçambique para que os programas sejam implantados de acordo com a cultura moçambicana e o treinamento da comunidade próxima do CEFLOMA em técnicas de amostragem de solos, para apoio à agricultura local com a finalidade de desenvolvimento sustentável.

Maria de Lurdes W. Pereira
Fonte: UFPR

quinta-feira, 17 de março de 2011

Desvalorização da madeira e a crise dos créditos fictícios

Foto: Painel Florestal
Artigo do engenheiro agrônomo, Nelson Tembra.
Segundo especialistas,conseqüências negativas dos planos de manejo florestais fraudulentos aprovados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará – SEMA/PA no governo anterior (PT) vão além dos danos ambientais causados no meio físico e biótico pela extração ilegal de madeira em terras indígenas e unidades de conservação. As conseqüências socioeconômicas são piores: com o mercado saturado de créditos florestais fictícios, o preço da tora caiu para um terço do que era antes praticado, causando desorganização e inversão de valores no setor. Donos de pequenas serrarias, por exemplo, reclamam que agora são reféns ou se tornaram empregados “virtuais” dos transportadores de toras que estão abarrotados da “moeda podre”.
A fraude mais comum no comércio madeireiro acontece por meio da inclusão de créditos falsos no Sisflora, o sistema que controla o comércio e transporte florestal no Estado. São os chamados créditos virtuais, que é uma comercialização que não deixa nenhum tipo de lucro ao Estado do Pará. Quem lucra com essa transação são as madeireiras que comercializam o produto de forma irregular.
As toras de madeiras são extraídas ilegalmente das terras indígenas e até das unidades de conservação que deveriam ser protegidas pelo próprio governo, e são transportadas até as madeireiras. Uma vez no pátio das madeireiras ou serrarias, esta madeira é “esquentada” com Guias Florestais fraudulentas (GFs), emitidas em planos de manejo autorizados pelo órgão ambiental competente.
Tais GFs contêm informações simulando que as referidas toras de madeiras – extraídas ilegalmente – seriam oriundas de planos de manejo de propriedades rurais privadas ou públicas. É o chamado repasse de “créditos florestais fictícios”.
A emissão e repasse de créditos florestais fictícios também ocorre nas transações envolvendo as próprias madeireiras, bem como nos negócios entre tais madeireiras e o comprador da madeira serrada, sempre no intuito de “esquentar” as toras extraídas ilegalmente, dissimulando sua verdadeira origem.
De acordo com pesquisa realizada, há registros levantados pela Polícia Federal de Guias que informam o transporte de toras de madeira em motocicletas e veículos de passeio; guias com transporte de quantidade de madeira até três vezes superior à capacidade de carga do caminhão; com cadastro de placas de veículos inexistentes; guias cujo recebimento pelo destinatário foi “instantâneo”, já que a GF deve acompanhar a carga de madeira transportada, e considerando a distância entre o plano de manejo e a madeireira, não poderia ter sido recebida ou “baixada” poucos minutos após ter sido expedida; e guias com tempo incompatível com a distância a ser percorrida.
A Polícia Federal já constatou vários indícios de fraudes em planos de manejo, como áreas em que constam emissões de GFs mas não apresentam sinais de exploração florestal; áreas de exploração florestal sob manejo que extrapolam o perímetro aprovado pelo órgão ambiental; áreas com exploração incompatível com a volumetria autorizada pelo órgão ambiental; intensidade de corte acima da capacidade de suporte da floresta; exploração de áreas de preservação permanente; aprovação de áreas com documentação adulterada; aprovação de planos de manejo em áreas já desmatadas; e inserção de créditos florestais fictícios no SISFLORA em favor de planos de manejo.
Conforme pode ser visto, já são conhecidas as diversas modalidades de fraudes envolvendo a exploração ilegal sob a égide do regime de “manejo sustentado”, mas ainda urgem providências da SEMA/PA no sentido de realizar um levantamento completo desta situação e, se for o caso, cancelar todos os créditos fictícios encontrados no SISFLORA, e o mais importante, trazer este setor estratégico de nossa economia de volta ao equilíbrio e à normalidade. A natureza e os que ainda pretendem agir dentro da lei agradecem penhoradamente.

terça-feira, 15 de março de 2011

Ano Internacional das Florestas aumenta compromisso de gerir florestas com benefícios para a população

Políticas adotadas recentemente pelo país, como concessões florestais e programa de manejo comunitário e familiar, mostram determinação do Brasil em avançar no tema
O ano de 2011 foi definido pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional das Florestas. A resolução da ONU que trata do assunto ressalta a importância de gerir as florestas em benefícios da população, além do papel do manejo florestal sustentável para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza.

O Brasil, que tem a maior área de floresta tropical do mundo e mais de 60% de sua área com cobertura florestal, deve avançar na conquista desses objetivos este ano. A avaliação é do diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel.

Hummel explica que por meio das concessões florestais, mais de 1 milhão de hectares dentro de unidades de conservação de uso sustentável já estão direcionadas para a atividade econômica com critérios de sustentabilidade.

"Esta é uma política nova e que vai propiciar a efetiva implantação das unidades de conservação e a geração de uma economia florestal sustentável para a Amazônia. Estamos demonstrando que floresta em pé gera renda e conserva a biodiversidade", afirma.

Na Flona do Jamari (RO), concessão que já entrou em operação, 96 mil hectares foram concedidos para a iniciativa privada. A extração madeireira potencial é de 68 mil metros cúbicos de madeira legal por ano, com uma receita estimada de R$ 3,3 milhões distribuída entre governo federal, estadual e municipal.

A atividade produtiva trouxe a oportunidade de empregos para os moradores locais, com carteira assinada e respeito à legislação trabalhistas. Durante os 40 anos da concessão, mais de 80% dos funcionários devem ser contratados na região, conforme cláusula do contrato assinado entre as empresas e o Serviço Florestal.

A atividade madeireira sustentável será especialmente importante em outras localidades onde haverá concessões, como na região da BR-163 (rodovia Cuiabá-Santarém), no Pará, que registra baixos indicadores socioeconômicos. A Flona do Crepori, por exemplo, que terá parte de sua área concedida, está no município com o menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, Jacareacanga.

COMUNIDADES - As comunidades que dependem da floresta para sua subsistência também têm sido foco de ações específicas do governo federal. Desde 2010, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e agricultores familiares têm recebido apoio para realizar o manejo de florestas por meio do Programa Federal de Manejo Florestal Comunitário e Familiar.

"Essa foi uma conquista que já buscávamos há vários anos. Políticas públicas integradas, de longo prazo e focadas no atendimento das comunidades envolvidas com o uso do recursos florestais. A ação conjunta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Serviço Florestal é um dos resultados dessa política", afirma Hummel.

O primeiro Plano Anual de Manejo Florestal Comunitário e Familiar, elaborado pelos ministérios do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, trouxe uma série de atividades em fortalecimento organizacional, fortalecimento institucional, regularização ambiental, crédito, assistência técnica, extensão e capacitação de base florestal, infraestrutura e produção, beneficiamento e comercialização.

Moradores de assentamentos receberam cursos para aprender a se organizar em torno de uma associação e a fazer a gestão financeira, de sustentabilidade e de ética nos empreendimentos comunitários.

Também houve ações para capacitar gestores e tomadores de decisão em órgãos do governo para produzir e aplicar ações de regulamentação, fomento e mecanismos de incentivo e crédito, tendo como objetivo principal o desenvolvimento sustentável do setor florestal.

Foi ainda disponibilizado crédito aos comunitários para atividades florestais, entre várias outras iniciativas, como capacitação para produção de não madeireiros, curso sobre exploração madeireira de impacto reduzido para líderes comunitários e implementação de infraestrutura em assentamentos.

CONSERVAÇÃO - No Brasil, que tem mais de 500 milhões de hectares de florestas e cerca de 20 milhões de pessoas morando na Amazônia, buscar o uso sustentável dos recursos florestais com a geração de renda para seus habitantes é um imperativo.

Os instrumentos para fazer isso, diz o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel, existem, mas podem ser melhorados. "Já avançamos muito nos últimos anos, mas não se pode dormir sobre os louros. Ainda existem desafios enormes para consolidação do modelo das concessões florestais e do manejo florestal comunitário e familiar", afirma. O Ano Internacional das Florestas será uma oportunidade para tornar mais forte a consciência da importância das florestas e de ações de manejo florestal que tragam benefícios a longo prazo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

FAO destaca necessidade de manter proteção às florestas da América Latina

Segundo representantes, fator chave é manejo sustentável

A taxa de desmatamento diminuiu na América do Sul e Caribe durante a última década, mas registrou leve crescimento na América Central, destacou nessa quarta, dia 2, a FAO.
Em nota sobre a situação das florestas em todo o mundo, a agência da ONU assinala que a taxa de desmatamento no Caribe diminuiu de 59 mil para 41 mil hectares por ano, enquanto que na América do Sul caiu de 4,5 a 3,5 milhões de hectares. Também destaca que entre 2000 e 2010, houve um aumento na área florestal de Cuba, Costa Rica, Chile e Uruguai.
No total, a região possui 57% das florestas primárias do mundo, as mais importantes do ponto de vista da biodiversidade e da conservação. Dezoito por cento da área total de florestas da região se encontram em áreas protegidas oficialmente.
O representante regional adjunto da FAO para a América Latina, Alan Bojanic, destacou a necessidade de proteger este recurso natural:
“Um fator chave para a conservação das florestas é o manejo sustentável: não apenas tem efeitos benéficos para deter o desmatamento, como tem papel fundamental para amenizar a pobreza e a desnutrição, além da mitigação e adaptação das mudanças climáticas”.
Segundo o diretor assistente da FAO para Florestas, Eduardo Rojas, é preciso dar ênfase à conexão entre as florestas e as pessoas, assim como os benefícios que podem resultar quando estas florestas são manipuladas por pessoas locais de uma maneira inovadora e sustentável.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Cursos de Formação Rápida PECCA


Estão abertas as inscrições para os cursos de Formação Rápida do Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias (PECCA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com apóio da Fundação Paranaense de Estudos Florestais (FUPEF).

Os cursos tem curta duração de 2 a 3 meses (60 e 90 horas/aula respectivamente) tem início no dia 14 de abril.

1 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA APLICADOS AOS RECURSOS NATURAIS
Valor do investimento: 4 parcelas de 245,00
Duração: 03 meses de aula (90 horas/aula)
Inscrições:  www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / cursosig@ufpr.br

2 - PAISAGISMO PRODUTIVO
Valor do investimento: 3 parcelas de 250,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / paisagismoprodutivo@ufpr.br

3 - MERCADOS DERIVATIVOS FINANCEIROS DO AGRONEGÓCIO
Início dia: 27 de maio!
Valor do investimento: 3 parcelas de 300,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / cursoderivativos@ufpr.br

4 - ELABORACAO DE PROJETOD PARA MDL E CRÉDITO DE CARBONO
Valor de Investimento: 4 parcelas de R$ 320,00
Duração: 3 meses de aula (90horas/aula)
Inscrição: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / pcc@ufpr.br

5 - PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIRAVEIS  
Valor de Investimento: 4 parcelas de R$ 190,00
Duração: 3 meses de aula (90horas/aula)
Inscrição: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 pfnm@ufpr.br

6 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Valor de Investimento: 3 parcelas de R$ 320,00
Duração: 2 meses de aula (90horas/aula)
Inscrição: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / rad@ufpr.br

7 - AUDITORIA AMBIENTAL
Valor do investimento: 3 parcelas de 300,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / auditoriaambiental@ufpr.br


8 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS/EIA-RIMA
Valor do investimento: 3 parcelas de 295,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / licenciamentoambiental@ufpr.br

9 – MANEJO E INVENTÁRIO DE FLORESTAS PLANTADAS
Valor do investimento: 3 parcelas de 300,00
Duração: 02 meses de aula (60 horas/aula)
Inscrições: www.pecca.ufpr.br
Contatos: 41 33505696 / 3350 5787 / florestaplantada@ufpr.br


Maiores informações no site www.pecca.ufpr.br
Tel: (41) 3350-5787/(41) 3253-5569